O Perigo do Tsunami

Cidade assolada após um tsunami

Hoje conversei com dois amigos e sai do papo pensando sobre como somos vulneráveis em nossas crenças. No papo falamos sobre a falência das certezas, onde pessoas esclarecidas vão atrás da primeira onda que lhes faça sentido. Mesmo que a onda nem tenha estrutura para ser uma ‘marola’, acaba tendo uma força de um tsunami.

Assim parece funcionar a cabeça de muita gente. Experiências estão falando mais do que qualquer coisa que possa ter um senso de realidade. Tudo vale, tudo mesmo! Ai sobra pouca coisa. Não basta intelecto se as emoções falam com uma potência enorme… Equilíbrio passa longe, bem longe…

Lembro de quando vi um video do Tsunami. O que mais me impressionou era a volta das águas ao mar: tudo era tragado ao infinito do mar! O que antes era uma cidade, agora nem um esboço de cidade existia. TUDO era retirado de lugar e parecia que nunca haviam passado pessoas por ali!

Esta imagem me vem a mente quando penso nesta busca desenfreada por experiências incertas. No primeiro momento parecem as águas de um tsunami rasgando tudo por dentro trazendo mudanças completamente radicais nas estruturas. Só que o maior estrago é a saída das águas: Na maioria das experiências religiosas frustradas, o que há de pior é o vazio desestruturado que muitas crenças deixam nas cabeças de muitos. Tudo por dentro é escombro, lama, vazio caótico…

Em busca do espiritual, enche-se a mente de qualquer coisa. Se tem sentido ou não, isto é o de menos. O importante é crer! Ai tudo se esvai levado a um mar infinito e agora cinza de frustrações.

Eu quero mergulhar o mais profundo que puder no conhecimento de Deus. Sei que com isso ficarei de frente a coisas que minha mente não conseguirá alcançar. Só que, quando leio as Escrituras, vejo um Deus que valoriza o intelecto que me deu. Um Deus que me chama a dar razão de minha fé e não para me tornar num “ser espiritual”. Vejo Cristo chamando discípulos que antes eram inimigos dEle e hoje tornaram-se gente.

E nada me tira da cabeça que Ele chamou os discípulos de amigos, pois eles haveriam de se tornar gente!